Sol e Vitamina D

A vitamina D é uma substância essencial para o correto funcionamento do corpo. Ela tem papel importante na proteção óssea, já que regula o fornecimento de cálcio e fósforo no organismo. Porém, mais do que isso, a vitamina D auxilia no equilíbrio de todo o nosso sistema.

Ela assume um papel fundamental em nossa vida. Mas o que ela tem a ver com dermatologia? Muita coisa! A maior fonte de vitamina D é a exposição solar. Por isso, este é nosso assunto de hoje no blog.

 

O que é a vitamina D

Vitamina D é uma substância lipossolúvel. Trata-se de um pré-hormônio que, quando sintetizado, dá origem a diferentes hormônios com funções variadas para o organismo. Essas substâncias podem ser adquiridas por meio da alimentação, em opções como sardinha, salmão, ovos, fígado de galinha e fígado bovino.

Porém, apenas 10 a 30% da nossa necessidade diária de vitaminas é suprida pela alimentação. O restante é sintetizado no contato dos raios solares com a pele.

 

Importância da vitamina D

Como já citado, a vitamina D tem papel importante no funcionamento do organismo. Ela é responsável pela absorção do cálcio, entre outras funções. Estudos comprovam que sua deficiência está relacionada com o aumento no risco de diversas doenças, como problemas imunológicos, ósseos, cardiovasculares, tumores e até distúrbios mentais, como a depressão. Além disso, seu nível equilibrado aumenta nossa disposição e previne o envelhecimento da pele, eliminando radicais livres.

 

Vitamina D e o Sol

Cerca de 80% da vitamina necessária para nosso organismo é proveniente do contato com a radiação ultravioleta tipo B, presente entre 10h e 16h principalmente. A exposição ao sol é fundamental para a síntese do hormônio. No entanto, essa mesma radiação é também a mais associada a alguns cânceres de pele. Assim, a questão é controversa. Enquanto há a necessidade de pegar sol para síntese da vitamina D, há também um risco de lesões na pele decorrentes da exposição.

*O equivalente a 0,000075g de vitamina D. Varia de acordo com a hora do dia, estação do ano, latitude e sensibilidade da pele Fonte: “The New England Journal of Medicine”. Gráfico divulgado pela Folha de São Paulo.

 

A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é que, para ter seus níveis diário de vitamina, as pessoas exponham diretamente áreas que normalmente estão cobertas, como pernas, costas, barriga ou ainda palmas das mãos e plantas dos pés. A exposição deve ser de 5 a 10 minutos todos os dias, sem protetor solar. A exposição dessas áreas, que normalmente estão ao abrigo do sol, é indicada para que seja sintetizada a vitamina D, mas sem sobrecarregar as áreas cronicamente expostas ao sol que já sofreram fotodano (ou dano solar).

Veja também: Dermatoscopia, o exame que ajuda a diagnosticar o câncer de pele

Ainda assim, os estudos estão avançando e a própria SBD publicou pesquisa recente apontando que o filtro solar não impede a absorção da substância. A pesquisa foi realizada com 95 pessoas, divididas em três grupos: um privado da exposição solar por 24 horas, outro que se expôs por 10 a 15 minutos com protetor solar, e outro que tomou sol pelo mesmo período, mas sem aplicar nenhum produto. Os participantes tiveram seu nível de vitamina D medido pela manhã anterior ao experimento e no dia seguinte. Os índices do grupo que se expôs com filtro solar foram maiores do que o do grupo que não se expôs ao sol, mostrando que houve produção de Vitamina D mesmo com protetor solar. Além disso, a diferença entre o grupo que utilizou filtro e o que não usou foi pequena.

A vitamina D não necessita de quantidades muito grandes de radiação para ser sintetizada. Por isso, é importante ter cautela: exposição sem exageros, para não colocar a saúde da pele em risco. Além disso, há outras formas de garantir níveis saudáveis da substância, como a suplementação oral, sempre receitada por um médico, é claro. Lembrando que a suplementação em excesso também pode ser prejudicial.

 

Como saber se meu nível de vitamina D é normal

Para saber se o seu nível de vitamina D está dentro do normal, é necessária a realização de um exame, indicado pelo médico, que deve ser feito regularmente. De acordo com anúncio realizado em 2018 pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), estes são os valores considerados:

  • Maior do que 20 ng/mL é o desejável para população geral saudável;
  • Entre 30 e 60 ng/mL é o recomendado para grupos de risco como idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismos, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, doença renal crônica e pré-bariátricos;
  • Entre 10 e 20 ng/mL é considerado baixo com risco de aumentar remodelação óssea e, com isso, perda de massa óssea, além do risco de osteoporose e fraturas;
  • Menor do que 10 ng/mL muito baixa e com risco de evoluir com defeito na mineralização óssea, que é a osteomalácia, e raquitismo.

 

Pesquisas recentes demonstram que há um grande índice mundial de pessoas com deficiência da vitamina D no organismo. No Brasil, uma pesquisa do IBGE de 2011 revelou que mais de 90% da população não ingere a quantidade recomendada de vitamina D. Isso não significa, necessariamente, que estejam com insuficiência, mas é um dado preocupante.

Faça acompanhamento constante com seu médico.

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